domingo, 15 de setembro de 2024

Meu Primeiro Contato com a Psicopictografia

Olá, caros leitores! Sejam muito bem-vindos. Eu sou Raphael Vinicius Arruda Martins, de São Vicente, São Paulo, e neste post quero compartilhar com vocês um pouco da minha jornada e meu primeiro contato com a psicopictografia, que a partir de agora chamarei apenas de "pictografia".

Minha primeira experiência com a pictografia aconteceu em um terreiro de Santos. Lá, um médium chamado Miguel Fonseca, um senhor simples e sereno, realizava suas obras. Na primeira vez que participei, não mencionei qual entidade gostaria de ver retratada, mas, no fundo, eu desejava profundamente que fosse meu Exu. Na época, eu tinha menos de um ano na religião, e como muitos iniciantes, a ansiedade de conhecer o guia espiritual era imensa.

Sem eu dizer uma única palavra, Miguel desenhou. Ali estava, diante de mim, a imagem de um homem alto, de pele clara, com cabelos bem arrumados, barba feita e cavanhaque. Ele usava uma capa preta e segurava uma espada imponente, trajando uma cota de malha por baixo do manto, como um soldado templário. Ao fundo, havia duas figuras: ele e eu, ambos com capas. Aquela foi minha primeira pictografia, e a imagem me auxiliou profundamente, ajudando-me a me conectar com a entidade, facilitando minha incorporação e permitindo que eu entendesse melhor quem era aquele ser ao meu lado.



                Miguel Fonseca - SOBRE | Miguel F. Fonseca (miguelfonseca.com.br)

Com o tempo e o desenvolvimento espiritual, acabei mudando de terreiro. Nesse novo período da minha vida, comecei a desenhar de forma mais profissional, criando obras voltadas à espiritualidade. Fazia estampas para camisetas, logotipos, páginas e outros trabalhos comerciais. Eu atuava como designer, e, apesar de já estar há algum tempo na religião, nunca havia imaginado que poderia ter visões.

Com o passar do tempo, durante as giras, comecei a ter visões. A princípio, questionei se aquilo era fruto da minha imaginação ou se eram realmente visões espirituais. Procurei minha mãe de santo, Priscila Monteiro, e ela confirmou que poderia ser mediunidade. Ela me incentivou a testar.

Meu primeiro teste foi desenhar para uma irmã de santo que já conhecia sua entidade. Me preparei, visualizei e, então, desenhei. O resultado foi simples, mas carregado de emoção: uma pequena menina de cabelos longos, com uma camisa amarela e um macacão azul. Um detalhe curioso chamou a atenção: um de seus pés estava descalço, enquanto o outro calçava um sapato. Ao ver o desenho, minha irmã chorou, emocionada, e me explicou que a entidade vinha assim por ter "os pés em dois mundos". Esse foi meu primeiro teste, e foi uma experiência inesquecível.



A partir disso, minha mãe de santo me incentivou a continuar. Passei a realizar pictografias para outros irmãos de santo. Isso aconteceu por volta de 2019, mas, naquela época, eu ainda não me dedicava integralmente à pictografia.

Paralelamente, trabalhava com outras artes e como CLT em uma copiadora. Fazia pictografias em terreiros de amigos, mas o trabalho só se tornou contínuo após uma decisão importante: saí do meu emprego de telemarketing em um plano de saúde. Era uma experiência desgastante e, sem muita perspectiva, pedi demissão. Sem seguro-desemprego ou economias, coloquei minha fé na espiritualidade, pedindo que eles me amparassem. Decidi que trabalharia para eles e para mais ninguém.

Foi então que tudo começou. Fiz uma obra de pictografia para um amigo, que a publicou em sua página, o que gerou bastante movimentação. Era 2021, e eu tinha acabado de receber minha primeira encomenda de pictografia a distância. Realizei o trabalho com receio, mas também com coragem. A cliente disse que suas entidades haviam dito que eu era a pessoa certa para o trabalho, e que ela esperava há anos até me encontrar. Quando finalizei a obra e a mostrei, a felicidade dela foi inspiradora. Ela chorou, agradeceu e afirmou que era exatamente o que esperava. Aquilo foi um incentivo enorme para seguir em frente.

Desde então, muitos trabalhos vieram. Foram inúmeras postagens, encomendas, lives e demonstrações. Aos poucos, fui ficando mais conhecido por conta das minhas obras. Hoje, sigo nessa jornada, evoluindo a cada dia, levando, além de obras, histórias e emoções. Em cada trabalho, deixo um pouco de mim em cada altar e trago o invisível ao físico. Alguns trabalhos são mais difíceis, outros mais prazerosos, mas sempre há uma lição a ser aprendida.

Agradeço por ter chegado até aqui. Caso tenha interesse em realizar um trabalho comigo, entre em contato.

Axé,
Raphael Arruda





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