A espiritualidade livre, em minha perspectiva, pode ser entendida sob diferentes enfoques. O primeiro caso seria o menos problemático, onde o médium, após passar por um processo em alguma doutrina, fica insatisfeito com certos aspectos dessa prática e decide atuar de forma independente. Utilizando a experiência adquirida ao longo dos anos, ele mantém sua fé e paz interior, ocasionalmente ajudando ou aconselhando outras pessoas. O segundo caso envolve alguém que não se adapta a nenhuma doutrina específica, passa por experiências negativas e, como consequência, decide construir sua própria prática espiritual. Essa pessoa combina fundamentos de diversas religiões, adotando os aspectos que lhe são convenientes e rejeitando o que não se ajusta à sua jornada pessoal. Por fim, o terceiro caso, mais preocupante, é aquele em que um médium imaturo, com pouco ou nenhum conhecimento profundo, tenta realizar práticas religiosas por conta própria, sem orientação ou suporte adequado.
Essas são, em minha visão, algumas das motivações mais comuns por trás da escolha pela espiritualidade livre. Entretanto, ela só se torna nociva dependendo da vivência e das atitudes do indivíduo. Práticas como incorporação excessiva ou sem propósito, contato com entidades espirituais sem a devida proteção, atendimento a diversas pessoas como se fosse um terreiro, e o hábito de tomar para si as dores alheias podem gerar graves consequências. Além disso, a negligência com o próprio corpo e a falta de cuidados básicos necessários para a saúde, aliada a uma ética duvidosa, são fatores de risco.
Consequências da Espiritualidade Livre